Iniciativas sustentáveis da Equinox Gold são aposta na mineração do futuro
Publicado em 17/07/2024 às 15:04 edição Lenilde Pacheco
Seminário definiu investimentos de R$ 442 mil para atender a 23 associações na Bahia - Foto: Divulgação
Lenilde Pacheco*
As ações socioambientais sustentáveis são um dos pilares da mineração do futuro, incluindo um bom diálogo no relacionamento com as comunidades. Mais que uma tendência, essa diretriz se traduz em programas, como os que a Equinox Gold implementa em áreas vizinhas às suas operações, nos municípios de Barrocas, Biritinga e Teofilândia, na Bahia, quarto maior produtor de ouro do país.
A Fazenda Brasileiro Desenvolvimento Mineral (FBDM), uma das unidades da mineradora canadense, acaba de concluir mais uma edição do programa Seminário de Parceria, definindo investimentos de R$ 442 mil para atender a 23 associações nos três municípios baianos onde as iniciativas serão implementadas para a geração de emprego e renda, proteção do meio ambiente, serviços de saúde, educação, assistência social e consultoria financeira.
Neste mês de julho, o seminário completou 17 anos, somando 384 projetos socioambientais atendidos e investimento total superior a R$ 3 milhões. Entre as vencedoras da edição 2024, está a Associação Comunitária da Lagoa da Cruz, município de Barrocas, já beneficiada anteriormente. Dessa vez, o projeto aprovado prevê a instalação de um sistema de energia solar na padaria comunitária. “É a realização de um sonho que vai ajudar a comunidade na redução de custos e dos impactos ambientais”, comemorou a presidente da associação, Rosineide dos Santos.
“O seminário contribui para o desenvolvimento das comunidades que estão em nossa área de abrangência. A cada ano, percebemos o claro efeito transformador desse programa”, destacou a analista de responsabilidade social Yasmim Magalhães, da mineração Fazenda Brasileiro.
A Fazenda Brasileiro integra um relevante contexto da atividade de mineração na Bahia. Há mais de 30 anos em operação, possui lavras a céu aberto e também em mina subterrânea. Situada no município de Barrocas, é administrada pela Equinox Gold desde 2020. O grupo empresarial conta também com outro ativo na Bahia, a Santa Luz Desenvolvimento Mineral.
Principal produtora de ouro das Américas, a Equinox Gold mantém princípios ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês) em cada projeto. Uma dessas iniciativas foi a elaboração do inventário de gases de efeito estufa (GEE), abrangendo as quatro operações no Brasil: Mineração Fazenda Brasileiro (BA), Aurizona (MA), Riacho dos Machados (MG) e Santa Luz (BA).
Foram mapeadas as fontes de emissão de GEE, no ano de 2021, a fim de aperfeiçoar o gerenciamento para a definição de metas e estratégias. Com esse processo de gestão das emissões, foram traçadas metas para a redução e controle. O diagnóstico e análise de dados das fontes de GEEs foi realizado por meio do software Climas, da empresa WayCarbon. Ele é atualizado mensalmente para assegurar continuidade da estratégia de gestão do inventário e medidas de controle e atuação sobre as fontes de emissão.
Para concluir, as iniciativas que visam mitigar os impactos e evitar conflitos são fundamentais para o êxito e a consolidação de projetos no setor mineral. O futuro da mineração não depende somente de tecnologias menos poluentes e mais eficientes. Requer tratamento e descarte apropriado dos resíduos gerados pela atividade mineral e o reflorestamento de áreas degradadas. O monitoramento contínuo também é indispensável para equilibrar o crescimento econômico com a segurança das comunidades e proteção ambiental.
* Lenilde Pacheco é jornalista com especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.