Dados reunidos sobre a ciência do clima pela Organização não Governamental Climate Central, divulgados em 2021, mostram que o Brasil está no 17º lugar entre os países mais vulneráveis à subida do nível do mar. As consequências dessa realidade estão presentes na agenda de gestores públicos que atuam cidades litorâneas brasileiras. Na orla de Maceió, por exemplo, é possível ver a movimentação de homens e máquinas executando obras de contenção do avanço do mar e recomposição de estruturas danificadas pela erosão.

Parte da ciclovia e do calçadão foram destruídos, além do prejuízo causado pela drástica redução da faixa de areia da praia em Jatiúca. Conhecida como ‘sandbag’, a tecnologia utilizada consiste na implantação de sacos de areia que são enterrados na areia e servem como dissipadores da energia do mar.

Executada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, a obra fará intervenções em 11 pontos considerados críticos na orla de Maceió, entre os bairros Pontal da Barra e Cruz das Almas.

Leia também: Comissão da Câmara inclui controle de erosão no Gerenciamento Costeiro

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Fabrício Galvão, a tecnologia da ‘sandbag’ já foi implantada, com sucesso, em outras praias alagoanas. “Este método escolhido por ser ambientalmente adequado, economicamente viável e já funcionou em outros locais do litoral alagoano, como em Ipioca, Marceneiro e Patacho”, informou. “Promove uma espécie de engorda natural dos trechos degradados na orla, permitindo que a Prefeitura refaça todo o calçadão”.