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Matopiba: Redução das emissões de gases do efeito estufa requer controle do desmatamento

Publicado em 18/11/2023 às 07:29 edição Lenilde Pacheco


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Estudo demonstra o impacto de atividades que aceleram as mudanças climáticas - Foto: Governo Federal

O desmatamento representa a maior parcela histórica das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na região do Cerrado, correspondente aos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, demonstra o trabalho “Panorama das emissões de gases de efeito estufa da região do Matopiba pelos usos da terra entre 2000 e 2019”, do engenheiro ambiental Gabriel Quintana, analista de Clima e Emissões do Instituto de Manejo Florestal e Agrícola (Imaflora). A pesquisa foi realizada com a aplicação dos dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa.

A análise revela que ao longo da série, a maior parcela das emissões de GEE da região derivam do desmatamento, chegando a compor cerca de 79% das emissões em 2004 (122,1 MtCO₂e) até alcançar a sua menor participação em 2019, respondendo por 44% das emissões da região (31,7 MtCO₂e);

No setor de Agropecuária, Florestas e Outros Usos do Solo (Afolu), a região apresenta uma queda de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) entre 2000 e 2019. As emissões na região totalizaram 72,4 MtCO₂e em 2019, enquanto em 2000 atingiram 111,0 MtCO₂e.

Portanto, o resultado de queda observado para a região nos anos mais recentes indica como a dinâmica do desmatamento na região determina o ritmo das emissões, na medida em que se promove a redução das emissões de GEE e o aumento das remoções de carbono, especialmente nas áreas de produção agropecuária já estabelecidas e que adotam práticas agrícolas descarbonizantes.

Isso demonstra como a interrupção e até mesmo a redução da conversão das áreas de vegetação nativa possuem grande impacto na tendência geral das emissões da região, juntamente com expansão e adoção das práticas e tecnologias do Plano ABC+.

Após 2019, o aumento no desmatamento no Cerrado, na região do Matopiba, ocasionou novo aumento nas emissões. “É necessário e urgente que políticas públicas de combate ao desmatamento ilegal e incentivos para uma agropecuária de baixas emissões sejam retomadas na região”, conclui o autor.

Leia mais: Biblioteca Imaflora

 

Notícia Atualizada: 20/11/2023