img
img

COP28: Descarbonização da indústria é estratégia competitiva para a CNI

Publicado em 08/12/2023 às 09:27 edição Lenilde Pacheco


img

Indústria apresentou conjunto de iniciativas sustentáveis já em andamento - Foto: CNI/Divulgação

O Brasil tem tudo para ser um dos líderes mundiais no processo de descarbonização da economia e consolidação de uma agenda verde. A indústria tem feito sua parte, mas o caminho para a neutralidade climática requer novos investimentos em tecnologia, inovação e financiamento para que as empresas consigam ajudar o país a atingir a meta de redução de 53% de suas emissões até 2030, compromisso brasileiro pactuado no Acordo de Paris.

Para apontar caminhos e estratégias para o setor industrial, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou o documento “Oportunidades e riscos da descarbonização da indústria brasileira – roteiro para uma estratégia nacional” na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O estudo foi divulgado no estande montado pela entidade, que recebeu uma delegação de mais de 100 especialistas, empresários e representantes da indústria e do governo em debates e palestras sobre a agenda verde. Demonstra que serão necessários investimentos de cerca de R$ 40 bilhões para que os setores com maior consumo de energia alcancem a neutralidade climática em 2050. O custo de cerca de R$ 40 bilhões foi obtido a partir da revisão de estudos feitos nos últimos anos no Brasil e a partir de consultas a especialistas de cada segmento industrial.

O papel da indústria nessa temática foi amplamente discutido no pavilhão do governo brasileiro na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, nesta sexta-feira (8), em Dubai. O setor apresentou estratégias para que o país reduza as emissões de gases de efeito estufa e apresentou iniciativas sustentáveis que já vêm sendo implementadas em setores como papel e celulose, alimentação e automotivo.

Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou que o país tem diversos bons exemplos a dar ao mundo quando se fala em sustentabilidade, e que a descarbonização da economia, mais do que uma agenda ambiental, é uma questão de competitividade.

Alban defendeu os esforços conjuntos feitos pelo governo, Legislativo e setor privado para o fortalecimento da indústria e apontou alguns desafios prioritários, especialmente voltados à agenda da descarbonização.

“Como estamos debatendo alternativas para a consolidação de uma economia verde e para a contenção das mudanças climáticas, destaco a necessidade da aprovação de regras claras e estáveis para o mercado regulado de carbono. É igualmente importante a adoção de medidas que estimulem o desenvolvimento de tecnologias para a produção de hidrogênio de baixo carbono e energia eólica em alto mar, além de outras fontes sustentáveis de energia”, apontou Alban.

Fonte: Agência de Notícias da Indústria