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Bahia registrou mais de 6.400 focos de incêndio florestal durante o mês de setembro

Publicado em 05/10/2021 às 08:34 edição Lenilde Pacheco


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Período de seca, umidade relativa do ar baixa e muito vento agravam o problema - Foto: CBM

O combate aos incêndios florestais continua sendo realizado na Bahia, principalmente no Oeste e na Chapada Diamantina, totalizando 14 cidades. Os focos se intensificaram nas últimas semanas, o que conduziu o estado ao topo do ranking nacional de áreas queimadas: 6.491 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entre janeiro e agosto, foram registrados 4.042.

O Corpo de Bombeiros Militar atua nas diversas regiões do estado, onde o Programa Bahia Sem Fogo intensificou ações, sob a coordenação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). A força-tarefa reúne 148 bombeiros militares, oito aeronaves modelo Air Tractor e brigadistas voluntários, além de técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que estão em campo com operações de fiscalização e educação ambiental. Nas últimas horas, o fogo foi controlado em áreas dos municípios de Mucugê e Ibicoara.

A principal causa dos incêndios é de origem humana (acidental ou proposital). Assim, diariamente a população tem sido alertada que esse não é um tempo apropriado para a limpeza de pastagem utilizando fogo, nem para queima de lixo e outras atitudes que podem colaborar com o surgimento de incêndios. Os alertas acontecem em paralelo aos combates.

“Estamos num período de seca, umidade relativa do ar baixa e muito vento. Dessa forma, os acidentes oriundos da manipulação indevida do fogo podem ganhar proporções gigantescas”, explicou o major BM Márcio Jansen.

Conforme o coordenador da Unidade Regional do Inema em Barreiras, Saul Cavalcante, o uso irregular do fogo nas área urbana e rural é um dos principais fatores que podem provocar os incêndios florestais. “Para evitar esse tipo de ocorrência, o Inema vem realizando um trabalho de fiscalização ostensivo na região para identificar possíveis infratores”, pontuou.

Saul destacou ainda que, desde junho, quando foi publicada a Portaria Inema de nº 23.465, estão suspensas as solicitações e emissões de Declaração de Queima Controlada (DQC), documento necessário para o emprego do fogo, mediante queima controlada, nas atividades de campo. “Esta é uma atividade que depende de prévia autorização a ser obtida pelo interessado junto ao órgão ambiental, mas, neste período crítico, está proibida nos municípios que registraram, nos últimos 10 anos, maiores incidências de incêndios florestais na Bahia”, pontuou.

Criado em 2010 para tornar mais efetivas as ações de prevenção, combate e monitoramento a incêndios no estado, oferecendo infraestrutura e logística adequadas, o Bahia Sem Fogo é coordenado pela Sema, que integra e coordena o Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Bahia.

A qualquer sinal de incêndio, a população deve ligar para o 193. As denúncias de queimadas ilegais e outros crimes ambientais podem ser feitas pelo telefone 0800 071 1400.