Aprobio reforça agenda estratégica para ampliação da mistura do biodiesel
Publicado em 25/12/2025 às 12:06 edição Lenilde Pacheco
Alexandre Silveira e dirigentes da Aprobio: análise sobre a entrada da mistura de 16% em março - Foto: Divulgação
As ações estratégicas que podem assegurar a ampliação da mistura do biodiesel foram discutidas em audiência entre os dirigentes da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cumprindo o previsto na Lei Combustível do Futuro com foco permanente na qualidade do biodiesel, agregando valor a toda a cadeia produtiva e consumidora.
O presidente da Aprobio, Jerônimo Goergen, e diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Associação, Luiz Carlos Saraiva, foram recebidos pelo ministro Alexandre Silveira, às vésperas do Natal, para discutir aspectos da Lei nº 14.993, do Combustível do Futuro, sancionada em outubro de 2024, estabelecendo metas progressivas para a adição de biocombustíveis aos combustíveis fósseis no Brasil.
Os percentuais definidos ou em discussão incluem para o biodiesel (mistura no diesel) um aumento gradual e obrigatório da mistura, partindo de 14% em 2024 para 15% em 2025, e subindo 1 ponto percentual ao ano até atingir 20% em 2030, com potencial para chegar a 25% posteriormente. A Aprobio apresentou um plano para viabilizar o B16 (16% de mistura) a partir de março de 2026.
“O ministro acolheu as sugestões que levamos, construídas a partir do diálogo com o setor do consumo, e demonstrou conhecimento profundo dos estudos e das discussões que estão sendo feitas dentro do governo”, disse Goergen. O ministro informou que o tema do mandato está em discussão no âmbito do governo e reforçou o alinhamento com essa agenda. Ele gostou da linha de trabalho apresentada e se interessou pela criação de um selo de qualidade, com aval do consumidor.
“O cumprimento do Combustível do Futuro para o aumento da mistura obrigatória para 16% (B16) a partir de março é fundamental e isso será possível com o cumprimento dos compromissos estabelecidos”, disse Goergen. “Reforçamos que o respeito à lei é fundamental para garantir estabilidade ao setor, segurança jurídica para os investimentos e previsibilidade, além de garantir a plena capacidade instalada da indústria para atender à demanda”, completou.
O ministro afirmou que também entende ser necessário investigar e qualificar melhor a etapa da mistura, reforçando que a responsabilidade pela qualidade precisa ser analisada em toda a cadeia, e não apenas na indústria. O governo é favorável ao avanço, mas reconhece que são necessários ajustes de qualidade em todos os elos.