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Degradação ambiental é um dos fatores para pandemias, alertam pesquisadores

Publicado em 10/07/2021 às 00:06 edição Lenilde Pacheco


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Degradação ambiental compromete a biodiversidade - Foto: Arthur Henrique Sakamoto/ICMbio

Participantes da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado debateram, nesta sexta (dia 9) de que forma as alterações no meio ambiente se relacionam com a atual pandemia e como a preservação ambiental pode evitar a ocorrência de novas emergências sanitárias.

A pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Nelzair Vianna trouxe dados sobre a relação entre as alterações ambientais e a migração de vetores virais, causadores de doenças. O desmatamento e o aquecimento global são fortes responsáveis por surgimentos de novas doenças e têm relação até com as doenças mentais.

Segundo a pesquisadora, de acordo com uma publicação da revista Science em 2020, o mundo pode perder 5 trilhões de dólares pelo impacto com a pandemia, enquanto os custos com prevenções seriam de 18 a 27 bilhões de dólares por ano. Neuzair ressaltou que hoje a economia trabalha com o desgaste dos recursos naturais e é imperativo mudar o cenário.

Outro participante desta audiência foi Francisco Milanez, representante da Associação Gaúcha de Proteção ao Meio Ambiente Natural. Ele enfatizou a atual fragilidade do sistema imune de seres humanos por causa, entre outras questões, do uso de agrotóxicos e alimentos não saudáveis.

Outra convidada foi Mariana Ferreira, gerente de ciências da organização WWF Brasil, que apontou retrocessos do país em relação ao meio ambiente durante a pandemia.

A sessão remota atende ao requerimento da senadora Eliziane Gama, complementado pelo presidente do colegiado, senador Confúcio Moura. Os parlamentares se basearam no relatório Fronteiras 2016: questões emergentes de preocupação ambiental, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que apontou o desmatamento como fator de aumento das zoonoses, doenças repassadas por animais aos seres humanos.

Fonte: Agência Brasil