A Bahia é o segundo estado que mais contribuiu para o desmatamento da Mata Atlântica, de acordo com dados do relatório Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quarta-feira (26) pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas (INPE). O estudo leva em consideração o período relativo a 2019-2020.

O levantamento aponta que, apenas no estado, foram desmatados 3.230 hectares de área de Mata Atlântica. Em relação ao período entre 2018 e 2019, os números caíram – nesses anos, foram 3.532 hectares foram desmatados.

A Bahia só desmatou menos que Minas Gerais, onde a redução da mata nativa foi de 4.701 hectares. Já no Brasil, foram 13.053 hectares de área de Mata Atlântica desmatada, o que representa uma queda de 9% em relação ao ano passado.

O diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, afirma que mesmo assim não se pode falar em uma tendência de queda, já que entre 2018-2019 o aumento do desmatamento foi de 30%.

Impactos negativos

Além de contribuir para o efeito estufa, o desmatamento gera outros impactos negativos para a sociedade e o meio ambiente. Ameaçando espécies da fauna e da flora com a destruição de habitats, afetando diretamente o meio de vida de milhões de pessoas, comprometendo a oferta hídrica de outros tantos milhões e contribuindo para a perda de solos férteis e a erosão. O desmatamento e as queimadas afetam também o clima local reduzindo a umidade nas áreas atingidas e podendo afetar o fluxo das chuvas no território.