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Preservação de florestas e a biodiversidade afastam pandemias, apontam cientistas

Publicado em 18/08/2021 às 08:17 edição Lenilde Pacheco


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Necessidade de preservar a biodiversidade está entre os alertas - Foto: Mylene2401/Pixabay

Pesquisadores, liderados por grupo de trabalho do Instituto de Saúde Global da Universidade Harvard (EUA), apontam que investimentos na conservação de florestas e na mudança das práticas agrícolas são ações essenciais para prevenir uma nova pandemia. O estudo está entre os documentos preparatórios para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) prevista para novembro. Deverá reunir recomendações da cúpula do G20 aos países membros da ONU.

O grupo de cientistas destaca que “o transbordamento de possíveis patógenos pandêmicos ocorre a partir de operações pecuárias; caça e comércio de animais selvagens; mudança no uso da terra – e a destruição das florestas tropicais em particular; expansão de terras agrícolas, especialmente perto de assentamentos humanos; e a urbanização rápida e não planejada”.

O relatório também cita como a mudança climática reduz os habitats de animais terrestres e marítimos, os empurrando para novos lugares, criando oportunidades para os patógenos entrarem em novos hospedeiros.

Orientação dos pesquisadores

  • Investir na agricultura sustentável e na prevenção de colheitas e desperdício de alimentos para reduzir as perdas de biodiversidade, conservar os recursos hídricos e prevenir novas mudanças no uso da terra, promovendo a segurança alimentar e o bem-estar econômico;
  • O fortalecimento do sistema de saúde e plataformas One Health (saúde coletiva ou saúde única em português) – que une conhecimentos em saúde pública, veterinária e ambiental – especialmente em países de baixa renda;
  • Conservar as florestas tropicais, especialmente em florestas relativamente intactas, bem como aquelas que foram fragmentadas;
  • Melhorar a biossegurança para gado e animais selvagens de criação, especialmente quando a criação de animais ocorre perto de grandes populações humanas ou em rápida expansão.

Segundo os autores do estudo, os custos de prevenção da próxima pandemia é de cerca de US$ 22 bilhões por ano, o equivalente a 2% das perdas econômicas globais provocada pela pandemia do novo coronavírus.