Grupo CCR acelera descarbonização e busca resiliência climática
Publicado em 05/02/2025 às 12:29 edição Lenilde Pacheco
Gabriela Britto: ações para sustentabilidade - Foto: CCR Metrô/Divulgação
Lenilde Pacheco*
A intensidade e frequência dos eventos climáticos causam preocupação à sociedade e também na matriz de riscos do Grupo CCR, empresa de infraestrutura e mobilidade. Presente em 13 estados brasileiros, a companhia constatou a necessidade de acelerar a busca por soluções que mitiguem os efeitos da alteração do clima e garantam segurança aos usuários — sobre trilhos, estradas ou aeroportos. Na Bahia, essa missão está sob a responsabilidade da CCR Metrô.
O Grupo CCR já apostava no desenvolvimento sustentável quando se comprometeu com a neutralidade em carbono até 2035, reduzindo as suas emissões diretas e compensando toda a emissão residual. As metas arrojadas são bem-vindas num país, cuja localização tropical o coloca entre aqueles que serão mais afetados pelas alterações do clima, segundo os especialistas.
A CCR foi a primeira companhia do setor a declarar sua ambição de liderar a agenda de sustentabilidade. Acaba de ingressar, pela 14ª vez consecutiva, no Índice Carbono Eficiente (ICO2), da Bolsa Brasileira, a B3. Isso confirma a evolução da estratégia de sustentabilidade do Grupo e consolida ações para redução da pegada de carbono em suas operações.
No período janeiro-abril de 2025, integram a carteira do ICO2, 64 companhias de diferentes setores da economia. Essas empresas estão comprometidas com as melhores práticas de gestão no reporte das emissões dos gases de efeito estufa e desenvolvem planos para uma economia de baixo carbono.
Em Salvador, a CCR Metrô Bahia intensifica ações para integrar a agenda ESG e reporta os resultados. Com a pesquisa do “Projeto Economia de Baixo Carbono”, realizada em 2021 pela WayCarbon, especializada no desenvolvimento de projetos de sustentabilidade, foram apuradas informações sobre a importância do metrô para a capital baiana sustentável; menos poluente.
Com os trilhos do metrô em operação, a capital baiana evitou a emissão de 45 mil toneladas de CO2, em oito anos (de 2014 a 2021), mostra Gabriela Britto, gerente de Sistema de Gestão Integrada da CCR Metrô Bahia. O montante corresponde à emissão de 23.564 veículos comerciais leves, movidos à gasolina em um ano ou a 24.456 viagens de norte ao sul do Brasil, considerando ida e volta, assim como reduções significativas em relação a outros gases danosos à saúde humana, como o monóxido de carbono.
Soma-se a isso um conjunto de iniciativas, como o projeto Estação Praia Limpa, realizado na Praia de Piatã, na capital baiana, onde a CCR mobilizou colaboradores voluntários para recolher resíduos descartados por banhistas e promover a conscientização da comunidade para a preservação do ecossistema marinho. Foram recolhidos materiais de plástico, vidro, latas para o adequado descarte, deixando a praia limpa.
A coleta seletiva feita nas estações do metrô também faz parte da agenda de sustentabilidade, beneficiando 21 famílias cooperadas que atuam para reciclagem principalmente de plástico e papel. “Somente em 2024, 152 toneladas de resíduos foram destinadas à economia circular, evitando a destinação ao aterro sanitário”, enfatizou a gerente Gabriela Britto sobre as ações que incluem responsabilidade social.
A frota operacional de veículos leves da empresa é abastecida com combustível de fontes renováveis, associada a uma agenda de ações sustentáveis que inclui a coleta de água da chuva e tratamento para reutilizar a água necessária à lavagem dos trens.
Há dez anos, a CCR Metrô Bahia opera 38 km de extensão, duas linhas, 22 estações e dez terminais integrados, sendo nove administrados pela concessionária. O Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas gerou um impacto positivo de R$ 11,1 bilhões na economia da Bahia e transporta mais de 400 mil pessoas/dia. Já foram realizadas mais de 2,1 milhões de viagens com 670 milhões de passageiros transportados. A CCR Metrô Bahia possui 1.390 colaboradores diretos e 2.500 indiretos.
A sustentabilidade que impulsiona a eficiência operacional, promove a redução de impactos ambientais. Ajuda manter o Grupo CCR alinhado com as práticas internacionais de gestão ambiental e a reduzir riscos relacionados aos eventos climáticos que causam a devastação da infraestrutura de transporte no país.
* Lenilde Pacheco é jornalista especializada em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável