img
img

Mudanças Climáticas: CNI leva a agenda verde da indústria brasileira à COP 29

Publicado em 12/11/2024 às 08:27 edição Lenilde Pacheco


img

Seis em cada dez empresas adotam práticas relacionadas à biodiversidade, mostra pesquisa da CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) participa, entre 11 a 22 de novembro, da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29, em Baku, no Azerbaijão. A indústria vai defender o avanço da agenda de adaptação à mudança do clima, a aprovação da operacionalização do mercado global de carbono e a mobilização dos países para o financiamento climático – medidas consideradas necessárias pelo setor para o desenvolvimento da agenda climática.

O setor tem desenvolvido práticas sustentáveis, entre as quais, a integração da biodiversidade aos negócios é uma realidade para mais da metade das empresas, mostra pesquisa da CNI. Lançada na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), em Cali, na Colômbia, os resultados também estão sendo levados à Conferência do Clima, em Baku, no Azerbaijão.

O levantamento com mais de 1,5 mil indústrias de transformação e extrativas dá conta de que seis em cada dez empresas adotam práticas relacionadas à biodiversidade nos negócios (58%), como tecnologias, certificações e uso sustentável de recursos.

Quando questionados, os entrevistados afirmaram que as principais medidas adotadas são:

  • adoção de tecnologias sustentáveis (35%);
  • certificações ambientais (32%);
  • uso sustentável de recursos biológicos (29%).

A pesquisa mostra, ainda, que quanto maior o porte da indústria, maior é a integração da biodiversidade aos negócios. A porcentagem poderia ser maior não fosse o custo de implementação de práticas sustentáveis, principal barreira citada pelas empresas (28%), seguida de falta de incentivos governamentais (24%) e de dificuldades regulatórias ou legais (19%).

Expectativa

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) também está presente com lideranças que mantém a expectativa de um avanço significativo no financiamento climático, incentivando recursos para países em desenvolvimento que visam fortalecer sua infraestrutura e adotar práticas de economia de baixo carbono.

Com o aumento da emergência climática, a instituição propõe uma transição energética justa e acelerada, especialmente nos países em desenvolvimento, que precisam de aportes para a sua consolidação no processo. Estão presentes os representantes das seguintes empresas: Accenture, Ajinomoto, Allos, Ambev, Ambipar, Banco da Amazônia, Bayer, Bradesco, Braskem, Caixa, CBA, Citrosuco, Engie, Equinor, ERM, EY, Graça Couto, Itaú, JBS, Natura, Petrobras, Renner, Re.green, Shell, Sicoob, Suzano, Syngenta, Vale e Volkswagen.