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Emergência climática: FIEB reúne setor empresarial da Bahia em debate sobre ESG

Publicado em 28/05/2022 às 08:03 edição Lenilde Pacheco


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Debate demonstrou que o mercado cobra ações efetivas - Foto: FIEB/Divulgação

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), por meio do seu Conselho de Sustentabilidade, realizou  nesta semana o Seminário Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), ou, em português, ambiental, social e governança. No evento, a relevância desse tripé foi amplamente discutida por especialistas e representantes das indústrias, que compartilharam experiências e políticas empresariais.

Ricardo Voltolini, CEO e fundador da consultoria Ideia Sustentável, abriu o evento falando sobre o papel das lideranças num momento em que “estamos esgarçando os limites do aumento da temperatura global”. Para ele, a sigla ESG puxa um movimento diferente, guiada pelos interesses dos investidores, que não querem mais arriscar recursos em empresas que não têm ações concretas de meio ambiente, diversidade e retorno à sociedade.

Ética e meio ambiente

“Hoje, negócios bons são éticos”, defende Voltolini, que também destaca que as novas lideranças empresariais, muitas delas da geração Milenials, já vem com um “chip” de valorização do meio ambiente, o que resulta em um perfil mais preocupado com reuso de água, gestão de energias, resíduos, uso e cultivo do solo e gestão de recursos da biodiversidade. “ESG é o novo filtro de ativos empresariais e, porque não, de sucesso empresarial. A questão é: queremos estar dentro ou fora?”, provocou o consultor.

O consultor e especialista em sustentabilidade, responsabilidade social e consumo sustentável, Aron Belinky, pontuou que, para a enorme capacidade de mobilização de recursos da perspectiva ESG cumpra de fato sua promessa, é necessário alinhá-la com o conceito mais amplo de sustentabilidade. Assim como é preciso desenvolver “métricas e formas de aferição desses atributos, com a subsequente produção de uma ferramenta prática que permita a gestores e investidores saberem não só se seu ESG é sustentável, mas também em que medida isso acontece”.

Ações efetivas

A nova presidente do Conselho de Sustentabilidade da FIEB, Aline Cezne, destacou que o tema é uma preocupação real por metas de futuro e que as ações nas empresas estão envolvendo os altos escalões das companhias. “A simples fachada de ESG não cabe mais no cenário empresarial. Não tem como maquiar, o mercado cobra efetividade”, frisou.

O evento, transmitido via Teams, contou também com as participações do vice-presidente do Conselho de Sustentabilidade da FIEB, Jorge Cajazeira, da diretora de Relações com Investidores da Braskem, Rosana Avolio, do presidente da ABNT, Mário William, da Relações Corporativas da Suzano, Mariana Lisbôa, do diretor de Sustentabilidade da Bracell, Márcio Nappo e do vice-presidente de Operações Brasil & Argentina da Yamana Gold, Sandro Magalhães.

Fonte: ASCOM FIEB