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Mais trezentos quilos de fragmentos de óleo e lixo são retirados de Noronha

Publicado em 17/08/2021 às 00:42 edição Lenilde Pacheco


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Material pode ter sido levado até a ilha pela Corrente Sul Equatorial - Foto: ICMBio Noronha

Pelo terceiro dia consecutivo, equipes da Marinha do Brasil, Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) e voluntários realizaram limpeza e recolheram resíduos no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Os fragmentos de óleo e o lixo chegaram pelo mar e atingiram tanto as praias quanto o mangue. Somente nesta segunda-feira (dia 16) foram removidos 340 quilos de material poluente.

“Como a densidade da água é menor, esse material afunda. Por isso, trabalhamos na borda e dentro do Mangue do Sueste”, declarou o coordenador de pesquisa do ICMBio, Ricardo Araújo.

Segundo Araújo, os resíduos podem comprometer as espécies que se reproduzem nessa região. O principal peixe encontrado é o camurupim, que é de água salgada e também vive no mangue.

Moradores e turistas que visitam o Arquipélago de Fernando de Noronha relataram a presença de fragmentos de petróleo em algumas praias da ilha, na sexta-feira (13). O mutirão de limpeza começou no dia seguinte. A estimativa da Marinha é de que mais de uma tonelada de resíduos já tenha sido retirada.

Corrente Sul Equatorial

De acordo com o Instituto Bioma Brasil, a suspeita é de que o material tenha sido levado até a ilha pela Corrente Sul Equatorial, a mesma que conduziu o óleo para o litoral do Nordeste, em setembro de 2019.

Pelas fotos feitas no local, o material parece estar intemperizado, o que indica sua presença no mar há algum tempo.

Na manhã deste sábado (14), foi realizada a primeira coleta para remover o petróleo. O trabalho resultou na retirada de 181 kg de piche das praias do Leão, considerado o ponto mais crítico. A poluição atingiu também Caieras, Sueste, Atalaia e Abreu.

A limpeza prossegue durante toda a maré baixa com articulação de voluntários. Estão sendo coletadas amostras para avaliação da procedência do material e todo o resíduo está sendo acondicionado e destinado seguindo os protocolos exigidos para resíduo perigoso, informou a chefia do Parque Nacional de Noronha.