Potencial da indústria têxtil é discutido em Congresso Internacional da ABIT
Publicado em 30/10/2024 às 19:04 edição Lenilde Pacheco
Vladson Menezes: a Bahia oferece disponibilidade do algodão e logística - Foto: Divulgação
A Bahia que está aquém de seu potencial de desenvolvimento do setor têxtil. Hoje ocupa a posição de segundo maior produtor de fibras de algodão do país, o que a coloca também como o maior estado nordestino mais próximo dos mercados do sul e sudeste. Porém, somente 5% do algodão produzido aqui é consumido aqui. É o que revela o “Estudo Têxtil da Bahia – Potencialidades do Setor”, apresentado nesta quarta-feira (30), durante a 9a edição do Congresso Internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), realizado em Salvador.
Os dados foram apresentados pelo diretor do IEMI Inteligência de Mercado, Marcelo Prado, que mostrou aspectos do cenário mundial, nacional e local. Prado enfatizou que a cadeia, no Brasil, é longa, cadeia produtiva longa, heterogênea e intensiva em mão de obra. Destacou que a produção de têxteis e de confeccionados mostra crescimento, assim como o algodão tem estado em evidência nos últimos cinco anos especialmente.
Para complementar a análise dos dados apurados pelo IEMI, Vladson Menezes, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), assinalou as vantagens competitivas da Bahia. Ressaltou a disponibilidade do algodão e logística favorável. Segundo ele, é necessário viabilizar projetos de investimentos e articular com prefeituras, e outros agentes, a identificação de terrenos, buscar soluções de infraestrutura, fornecimento de licenças, incentivos fiscais, entre outros aspectos que favoreçam o interesse de investidores. Luciano Giudice Torres, da superintendência de Atração de Investimentos e Fomento ao Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia também participou da apresentação e reforçou as possibilidades para novos investimentos no setor têxtil e de confecção no Estado.
O Congresso Internacional da Abit teve início nesta quarta-feira, no Senai Cimatec, na capital baiana, com a presença de 400 congressistas de diversas regiões do Brasil. Na abertura, Fernando Pimentel, diretor-superintendente da ABIT, saudou os participantes. “É uma honra realizar esse fórum da cadeia produtiva têxtil e de confecção aqui na Bahia, lugar emblemático, onde a indústria nacional teve seus primórdios. Temos buscado avançar em tudo que se refere aos princípios ESG e que esse encontro nos leve a caminhos que nos leve a um futuro de desenvolvimento do nosso país”, destacou. Confira o discurso na íntegra.
O superintendente do Sebrae na Bahia, Jorge Khoury, reforçou a importância das micro e pequenas empresas no Brasil, em especial no setor têxtil e de confecção que geram riquezas tanto local como nacionalmente. “Aqui teremos muitas informações e com elas poderemos fazer mais e melhor”. Carlos Henrique Passos, presidente Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) ressaltou a realização do evento no Senai. “É perfeito que esse Congresso, que trata da indústria, seja realizado nesse ambiente em que se produz conhecimento, onde se desenvolve projetos de pesquisa e inovação voltados para o setor têxtil e de confecção. Certamente vamos colher os frutos do que será tratado aqui”, disse.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, acompanhado do vice-governador, Geraldo Júnior, também marcou presença, além de deputados federais e estaduais. “Hoje a Bahia, ao sediar esse evento, é o Brasil. O tema tratado é competitividade e, cabe a nós, aprender sobre ele para responder ao mercado no tempo correto. Precisamos de inteligência para combinar bons resultados. Já oferecemos garantias quanto à segurança jurídica e econômica para investimentos. Queremos trazer a nova industrialização para a Bahia”, salientou o governador.
A programação do congresso prossegue nesta quinta-feira; veja aqui.