JORNADA ESG: Solar Coca-Cola prioriza proteção dos recursos hídricos
Publicado em 19/06/2024 às 14:03 edição Lenilde Pacheco
Empresa avança com o reflorestamento e conservação de áreas verdes na Fazenda Raposa - Foto: Divulgação
Lenilde Pacheco*
Ações para a conservação de bacias hidrográficas, matas ciliares e zonas de reposição hídrica estão entre as prioridades da Solar Coca-Cola em sua estratégia para o desenvolvimento sustentável. A política da companhia inclui rigor no tratamento de efluentes antes do descarte e metas contínuas para a redução do consumo de água, principal matéria-prima utilizada na produção de bebidas. É o que demonstra o 5º Relatório de Sustentabilidade e Gestão da empresa, relativo a 2023.
A engarrafadora avançou em cuidados com ecossistemas cruciais para a conservação dos recursos hídricos, principalmente em áreas de escassez. Sete das 13 fábricas situadas no Brasil estão instaladas em regiões de estresse hídrico. Por isso, durante o ano passado, a The Coca-Cola Foundation e o Instituto Biota de Conservação investiram no projeto Mangue Vivo, em Alagoas, por exemplo.
A iniciativa instituiu a presença de guardiões dos manguezais da região hidrográfica do Pratagy, que abrange sete municípios e pelo menos dez recursos fluviais, dos 13 que fazem parte da rede hídrica local. Permite monitorar e auxiliar no combate ao desmatamento desse ecossistema, localizado em área de Mata Atlântica. Foram selecionadas 14 áreas de manguezal entre os municípios de Maceió, Paripueira e Barra de Santo Antônio, totalizando 335 hectares monitorados mensalmente.
Para minimizar o impacto ambiental causado por seu processo produtivo, a companhia também avançou com o projeto O Mangue Vivo, de reflorestamento e conservação de áreas verdes na Fazenda Raposa, em Maracanaú (CE), mostra o relatório. Iniciada em 2022, a iniciativa é fruto de uma parceria com a Associação Caatinga e conta com recursos da Solar e da The Coca-Cola Foundation para proteção de 167 hectares, contribuindo para a recarga hídrica de aproximadamente 680 milhões de litros de água por ano.
A Fazenda Raposa está classificada como Unidade de Conservação Estadual – área de relevante interesse ecológico. Em 2023, o projeto foi expandido para beneficiar a Área de Proteção Ambiental do Rio Maranguapinho, de 1.057 hectares, com oito mil mudas nativas a serem plantadas.
Logística Reversa
Na Bahia, um dos principais destaques das ações de sustentabilidade foi o volume de recolhimento de resíduos em comparação com o colocado no mercado. No Estado, a Solar coletou 6.545 toneladas enquanto comercializou 6.435, números esses reportados no mais novo relatório da companhia que obteve as certificações Resíduo Zero e Zero Waste, com 12 fábricas reconhecidas.
O documento mostra que a empresa expandiu o Recicla Solar, projeto de apoio à economia circular, por meio do suporte à criação de agregadores de resíduos plásticos, agentes que atuam na cadeia de transformação de garrafas PET em resina reciclada em oito Estados brasileiros: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará e Mato Grosso.
“A Solar é uma potência do setor de bebidas: uma das 20 maiores engarrafadoras Coca-Cola do mundo e uma Companhia que vai além, oferecendo aos seus clientes um portfólio de produtos e marcas que impulsionam vendas e fidelizam consumidores. Este desempenho também exige nossa atuação exemplar em busca do desenvolvimento da realidade regional”, destaca André Salles, diretor-presidente da Solar Coca-Cola.
A companhia conta com mais de 18 mil colaboradores e é responsável pela produção e distribuição de mais de 220 produtos do portfólio da Coca-Cola e de parceiros para cerca de 400 mil pontos de venda. Com faturamento anual de cerca de R$ 9,6 bilhões, a companhia alcança mais de 80 milhões de brasileiros. Sustentabilidade, portanto, não é apenas uma escolha ética, mas também uma necessidade estratégica para a indústria de bebidas. Não apenas para mitigar riscos e custos, mas para fortalecer sua posição no mercado e contribuir positivamente para o futuro ambiental e socialmente justo.
* Lenilde Pacheco é jornalista especializada em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.