BASF investe na ampliação da fábrica em Camaçari com aporte em sustentabilidade
Publicado em 11/09/2024 às 12:23 edição Lenilde Pacheco
Comprometida com cuidados ambientais, companhia promove ações sustentáveis - Foto: BASF/Divulgação
Por Lenilde Pacheco*
Com o agravamento das mudanças climáticas, desmatamento, perda da biodiversidade e pressão populacional impulsionando a agenda verde, o setor produtivo dá respostas à urgência global. Acelera as transformações, investe em tecnologia e práticas para a proteção ambiental e sustentabilidade. Foi a escolha do Grupo BASF ao ingressar nessa trilha com metas ambiciosas que incluem as operações da unidade de Camaçari (BA).
Globalmente, o grupo estima que as suas emissões de CO2 fiquem entre 16,7 e 17,7 milhões de toneladas métricas em 2024. No ano passado, esse volume foi de 16,9 milhões. A previsão de emissões adicionais se deve a volumes de produção mais elevados para atender ao aumento da demanda. Com isso, a companhia se comprometeu a neutralizar com maior eficiência energética e energia renovável.
Na Bahia, os avanços incluem investimento inicial de R$ 20 milhões para a expansão da capacidade de produção da planta de polímeros superabsorventes (SAP), situada no Complexo Acrílico em Camaçari. Única fabricante de SAP na América do Sul, a unidade deve abastecer a região e atender à essa crescente demanda. Os polímeros superabsorventes são utilizados na produção de produtos de higiene (absorventes higiênicos, fraldas infantis e produtos para incontinência adulta).
Desde o início da operação na Região Metropolitana de Salvador, em 2015, a companhia investe para aumentar a capacidade de produção e atender à demanda; ampliou a produção em mais de 30%, em nove anos. O processo prevê melhoria contínua, modernização e inovação. “A ampliação da capacidade operacional da planta de SAP permite apoiar o crescimento de clientes locais”, afirma Marcos Ferreira de Carvalho, vice-presidente de Negócios Petroquímicos da BASF para a América do Sul.
O aumento da capacidade da planta em Camaçari vai proporcionar ganhos para o meio ambiente e sustentabilidade, gerando menos resíduos. O projeto inclui novos equipamentos, modificações estruturais e alterações técnicas, que também melhoram as operações gerais da planta, explica Tânia Oberding, diretora Industrial do Complexo Acrílico da BASF.
Esta unidade industrial ainda produz ácido acrílico e acrilato de butila, insumos utilizados em indústrias de adesivos, construção e tintas. Essa planta obteve a certificação International Sustainability and Carbon Certification (ISCC Plus) para a fabricação de produtos com balanço de biomassa, com base em matérias-primas renováveis e recicladas. É a primeira unidade de produção da empresa na América do Sul a receber a certificação.
Mata Atlântica
A BASF desenvolve ações para reduzir os impactos ambientais. Algumas delas compõem as diretrizes do Projeto Triple E (Excelência em Eficiência Energética), cujo objetivo é melhorar os índices energéticos e de sustentabilidade, ampliando a competitividade na América do Sul. O projeto está em sete localidades produtivas da BASF na América do Sul, em apoio à certificação da ISO 50001 para as unidades de Guaratinguetá, Camaçari e São Bernardo do Campo, no Brasil; e Concón, na região chilena de Valparaíso, onde também foi a primeira grande indústria química a obter a certificação.
Na agenda verde da BASF, ganha destaque o complexo industrial de tintas e vernizes, em São Bernardo do Campo (SP), onde a companhia mantém a conservação de 30 hectares da Mata Atlântica, conectada a um maciço da Serra do Mar. É uma parte integrante da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, reconhecida pela Unesco. A companhia impulsiona o desenvolvimento sustentável, modelo em que a natureza preservada está no centro da criação do valor econômico.
* Lenilde Pacheco é jornalista especializada em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.